Com mais de meio milhão de metros quadrados de área verde, moradores do Swiss Park são presenteados com natureza ao lado de casa
Um local com rica variedade de animais e de plantas nativas que representam muito bem a vegetação da cidade de Campinas, já que o seu projeto botânico retrata parte histórica do município com plantas selecionadas a dedo. Um lugar totalmente respaldado pelas leis municipais, pois os plantios realizados seguem as regras estabelecidas no Guia de Arborização Urbana de Campinas que, entre outros itens, prevê espécies adequadas a cada situação e podas apropriadas. Esse é o Parque Botânico Amador Aguiar, que está dentro do Swiss Park, na porta da sua casa!
O Guia de Arborização Urbana de Campinas, GAUC como é conhecido, tem por objetivo orientar e fornecer base técnica para dar suporte efetivo à lei de arborização urbana do município de Campinas, Lei nº 11.571/2003, que no seu artigo 3º prevê a sua criação. Ele serve para orientar o uso adequado e planejado da arborização urbana para vias, praças e logradouros da cidade e de uso comum a todos os cidadãos.
Segundo Dionete Santin, engenheira-agrônoma responsável pela flora do Swiss Park que também é coordenadora do GAUC e uma das autoras do guia, ao passear pelo Parque Botânico o visitante, por meio da arquitetura das plantas, tem o privilégio de ver na prática um dos capítulos do Guia de Arborização. “Temos um módulo em que é possível entender as diferenças existentes, por exemplo, entre uma palmeira e uma árvore. As palmeiras possuem estipe, um caule não lenhoso, que pode ser único ou formando touceiras, e as folhas concentram-se no ápice. A gema apical, aquela que permite o crescimento da planta, está no interior da bainha das folhas mais novas, aquelas que parecem uma lança. Com base nessa informação, nunca se pode podar ou cortar a parte terminal de uma palmeira porque essa ação decretaria a sua morte”, explica.
Já as árvores, de acordo com Dionete, exibem duas formas básicas de tronco. “Chamada tecnicamente de simpodial, a planta não forma tronco único, que se bifurca desde a base até a parte superior, exemplo bem conhecido é o jasmim-do-cabo. Plantas com esse tipo de caule abrem-se em largura, são mais indicadas para ornamentação em jardins, canteiros largos e praças, mas não são ideais para arborização de passeios públicos e monopodial, que apresenta um único tronco, conforme pode ser visto na maioria das árvores”, afirma.
Ao caminhar pelo Parque Botânico a sugestão da engenheira-agrônoma é de que o visitante observe as copas das árvores para conseguir distinguir os diversos formatos e as espécies existentes no extenso local. Para Dionete, uma árvore bem cuidada embeleza e serve de abrigo para alguns animais terrestres e pássaros. “Realizamos um trabalho muito bem elaborado, respeitando as técnicas indicadas no Guia de Arborização de Campinas, considerando principalmente as características de cada espécie e aplicando podas de forma a não desconfigurar as características que tornam as plantas especiais e também para não desequilibrar nenhuma árvore”, afirma.
Um pedaço de natureza que deve sempre ser muito bem cuidado. Um privilégio para moradores do Swiss Park!