Residência, antigo e novo em harmonia

Residência no Baden mistura itens cheios de história e outros contemporâneos, criando ambientes charmosos e aconchegantes

A arquiteta e designer de interiores Mayra Bigatto mora há 10 anos n o Swiss Park. Durante este tempo, ela e a família já mudaram de casa, mas permaneceram no mesmo residencial: o Baden. Estão na nova residência há quatro anos. O projeto contempla um sobrado com uma bela fachada em estilo clássico. “Em razão da minha profissão, gosto muito de fazer mudanças, criar ambientes funcionais ao mesmo tempo recheados de personalidade. A casa sempre precisa ser aconchegante e ter a cara da família”, explica. E o espaço de Mayra é exatamente assim: ao entrar, o visitante se depara com uma bela escada – para aproveitar o des-nível do terreno – e nas paredes estão lembranças de inesquecíveis viagens. “Gosto de trazer elementos que tragam boas recordações. E os móveis antigos de família ou fruto de garimpo em antiquários misturados aos con-temporâneos criam ambientes únicos e atemporais”, comenta a moradora.

Sala de estar e de jantar integradas

A valorização dos ambientes integrados começou com os lofts, na década de 70, mas com o tempo acabou vi-rando um novo estilo, sendo muito utilizado em ambientes pequenos para ampliar o espaço. Mesmo nas casas grandes, a integração é bem-vinda e permite criar um delicioso espaço para reunir amigos. Na casa do Baden, a mesa de seis lugares com tampo preto ganha destaque devido ao lustre colocado estrategicamente sobre ela. A harmonia das cores continua com os pufes e o tapete preto na sala de estar. Assim como o rosapálido da parede da TV que conversa com as almofadas do sofá. Mayra ressalta que para os ambientes ficarem integrados não basta eliminar as paredes entre eles, é preciso haver uma conexão entre as ideias.

Sistema de portas

A sala de TV e a cozinha são separadas e ao mesmo tempo integradas dos demais ambientes por um sistema de portas de correr com roldana aparente. Uma das vantagens de se optar por esse tipo de porta é otimizar o espaço e a possibilidade de, ao deixá-las abertas ter a continuidade dos espaços ou, ao fechá-las, criar um ambiente mais intimista e reservado. Do lado externo da sala de TV, Mayra criou um cantinho da memória, utilizando uma cristaleira que era de sua avó materna e, na parede, adornos com pratos que pertenceram à avó paterna. “Gosto de trazer as memórias afetivas para a decoração. Deixa o ambiente personalizado. Particularmente, não me atrai, por exemplo, quadros padronizados. Esteticamente são bonitos, mas deixam o ambiente impessoal”, pondera.

Memória afetiva

O piso superior da residência possui três suítes com closet, pois o casal tem dois filhos, um de 9 e outro de 7 anos. No corredor, o que poderia ser apenas um espaço de circulação ganhou vida com fotografias de momentos importantes e quadros pintados pelas crianças. Para completar, uma antiga máquina de costura foi transformada em uma mesinha e decorada com vasos coloridos. “Mais uma vez pensei em agregar nossas me-mórias à decoração da casa e criar um ambiente divertido e colorido em um local que geralmente fica esquecido, como é o caso dos corredores de acesso”, pon-tua a arquiteta e moradora.

Paisagismo valoriza área externa

O ponto alto da maioria das casas do Swiss Park é a área externa. Sempre pensada com muito carinho pelos mo-radores é ali que os momentos de lazer e descontração estão garantidos. Nes-ta casa no Baden não poderia ser dife-rente. Com piscina, deck, mesa gran-de em madeira, churrasqueira e ainda uma sauna, a parte de fora da casa é o ambiente perfeito para reunir os ami-gos. E para deixar o local ainda mais agradável, a moradora e arquiteta criou um projeto luminotécnico para valorizar o paisagismo, que conta com lindas ravenalas, também conhecidas como árvore-do-viajante, uma planta chamativa e marcante que tem folhas que lembram bananeiras, mas em for-mato de leque, crescendo entre 4 e 8 metros de altura.

Praticidade na cozinha

A cozinha, antigamente, era um cômodo reservado e frequenta-do apenas por aqueles que iriam preparar as refeições, que eram servidas na sala de jantar. Com as mudanças das necessidades e do estilo de vida das pessoas, o ambiente passou a ganhar mais espaço e visibilidade. Na casa de Mayra, a cozinha é um dos es-paços que a família mais fica reunida. A ilha central com cooktop ganhou banquetas e durante a semana é ali que as refeições são feitas. “Confesso que só utilizamos a mesa de jantar em ocasiões especiais. No dia a dia fazemos todas as refeições aqui mesmo, que é um local muito gostoso da nossa casa”, comenta.