Mantenha a sua família protegida no fim de ano.

Tradicionalmente, o fim do ano é uma época muito aguardada pelos reencontros, celebrações das metas superadas e os planos para os próximos meses. 

Em 2020, porém, ao mesmo tempo que ver as luzes de Natal piscando entre as casas nos dá o conforto da celebração, também acendem um alerta: a pandemia ainda não terminou e as medidas preventivas devem ser respeitadas até que haja um tratamento ou campanha de imunização eficiente. 

Um fim de ano atípico: sem aglomerações nas comemorações.

Após meses de quarentena, é normal sentir-se cansado das medidas restritivas, com saudade dos encontros sociais e com muita vontade de celebrar a superação dos desafios que apareceram em 2020. 

Especialistas, entretanto, indicam que as flexibilizações e os constantes registros de aglomerações se tornaram um sinal vermelho para as reuniões de fim de ano. “Segundo os especialistas, não há dúvida de que essa alta dos casos esteja relacionada a um maior relaxamento das pessoas em relação às medidas de proteção e a ida a bares, festas e grandes aglomerações”, indica a reportagem da Folha de São Paulo.

Como resultado, muitas famílias trocarão as viagens, passeios e grandes festas, por celebrações mais íntimas, apenas com os amigos e familiares próximos. De acordo com a pesquisa do HIBOU e Score Group, 79% dos brasileiros passarão o natal em casa, 65% não viajarão no ano novo e 48% não pretendem nem participar das confraternizações do trabalho. 

Mesmo dentro de casa, entretanto, é importante reforçar os cuidados, uma vez que ambientes fechados, proximidade física entre os convidados e a aglomeração pode representar uma probabilidade maior na transmissão do coronavírus. 

Como se proteger nas celebrações de fim de ano? 

Ao longo do ano, acompanhamos na mídia casos em que encontros sociais acabaram provocando uma disseminação da COVID-19 entre os convidados. Na Carolina do Norte, nos Estados Unidos, uma reunião familiar com dezenas de pessoas se tornou um caso de estudo: sem o uso de máscara e pouco distanciamento, 14 convidados testaram positivo para COVID-19 e, no período de 16 dias, contaminaram mais 27 indivíduos de nove famílias diferentes, em oito locais de trabalho distintos. 

Portanto, caso sinta alguns dos sintomas da COVID-19 ou esteja aguardando o resultado do teste, não compareça aos eventos de fim ano. Especialmente para pessoas consideradas do grupo de risco, os cuidados com a higienização, a redução nas saídas e os encontros com pessoas fora de casa devem ser constantemente avaliados neste período. 

Assim, mesmo as confraternizações de Natal e Ano Novo devem se adaptar ao ‘novo normal’. Apesar de não haver uma indicação exata de quantas pessoas podem participar, a recomendação da Cartilha da Fiocruz é reduzir a lista de convidados ao máximo, para que o distanciamento social de 2 metros seja respeitado. 

Como o risco de contaminação também aumenta nos ambientes fechados, troque a ceia na sala de jantar por uma celebração ao ar livre, se possível, valorizando os espaços bem ventilados, como os quintais e varandas. Até o cardápio pode ser ajustado para evitar riscos: ao invés de grandes bandejas compartilhadas para as pessoas se servirem, pense em refeições, entradas e doces que possam ser servidos em porções individuais.  

Máscara: necessidade ou exagero? 

Neste ano, até o Papai Noel não deve esquecer a máscara. Em entrevista para o podcast Café da Manhã, da Folha, a infectologista Rosana Richtmann indica que é um equívoco retirar a máscara ao chegar na casa dos familiares ou abaixar a proteção para conversar com os amigos, por exemplo. A recomendação, portanto, é que se utilize as máscaras enquanto estiver nas confraternizações e só retire a proteção (pelas laterais), quando for comer ou beber. 

Psicólogos indicam que o tema pode até se tornar uma nova polarização, mesmo entre a familiares, com pessoas que desejam seguir com as medidas preventivas nos eventos sociais e outras que defendem que o risco da pandemia já terminou. Mais do que nunca, essa decisão deve partir de uma avaliação pessoal dos riscos e consequências. 

“Nem precisa chegar o Natal, as pessoas não deveriam esperar as medidas mais restritivas vindas do governo. Cada um já deveria ter a consciência diante das informações que estão sendo divulgadas que a coisa mudou e a gente precisa voltar algumas casas, com as medidas de proteção”, indicou Cláudia Collucci, repórter da Folha especializada em saúde no podcast Café da Manhã. 

Ao fim, mesmo que esse fim de ano seja mais íntimo e familiar, o sentido da celebração deve ser preservado, com a união e esperança de um ano mais próspero. Não é fácil e talvez seja diferente do planejado, mas esse último grande esforço pode fazer a diferença entre seguir com a família protegida ou colocar a perder todos os sacrifícios que já fizemos na pandemia.

Quanto mais protegermos quem amamos agora, mais cedo poderemos reuni-los depois, com segurança.  

Para saber mais: 
Cartilha Cuidados do Fim de Ano da Fiocruz
Podcast Café da Manhã, da Folha, com a infectologista Rosana Richtmann
Podcast Café da Manhã, da Folha, com Cláudia Collucci, repórter especializada em saúde.

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